O maior desastre ecológico do Paraná - 18/07/00

08/07/2009 19:00

O vazamento de cerca de 4 milhões de litros de petróleo no último domingo (16 de julho de 2000) pode gerar o pior desastre ambiental da história do Paraná. 

O acidente aconteceu na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras, localizada no município de Araucária, a 24 quilômetros de Curitiba. É o segundo acidente do ano envolvendo refinarias da Petrobras e o maior dos últimos 26 anos. A mancha de óleo atingiu o rio Barigüi, afluente do Rio Iguaçu e o próprio Iguaçu, num raio de 15 quilômetros até a tarde de ontem, de acordo com a Petrobrás.

Vazamento PetrobrasUma comissão de sindicância foi designada pela empresa para apurar as circunstâncias em que aconteceu o acidente. O laudo deverá estar pronto em três dias, de acordo com Henri Philippe Reichstul, presidente da Petrobras. A princípio, sabe-se que o vazamento foi ocasionado pelo rompimento da linha de expansão, que tem cerca de 10 polegadas de diâmetro, e está instalada junto ao "scraper" - ponto final de recebimento do duto. "O mais importante agora é trabalhar na contenção do óleo", afirmou Reichustul.

Quatro barreiras foram colocadas ao longo do rio na tentativa de controlar o problema: na própria refinaria, Ponte de Araucária, Ponte Velha e Guajuvilha. Outras quatros barreiras, em General Carneiro, Balsa Nova, Porto Amazonas e São Mateus do Sul, também já estão sendo providenciadas de acordo com o diretor do meio ambiente da Petrobras, Irani Varela. "Essas quatro barreiras são apenas por precaução", lembrou. Ele acredita que a mancha atinja um raio máximo de 20 quilômetros.

Trabalho 24 horas

Vazamento PetrobrasAlém dos funcionários da Petrobras, a Polícia Militar, Defesa Civil, Exército técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) também estão trabalhando na contenção da mancha. Além disso, devem chegar hoje a Curitiba técnicos e equipamento da Clean Caribbean Cooperation, entidade internacional especializada em acidentes como este. De acordo com Irani Varela, cerca de 400 pessoas estão envolvidas na operação.

Por se tratar de substância inflamável (hidrocarboneto), às famílias "ribeirinhas"- que moram ao longo do rio - estão sendo orientadas a não utilizar materiais explosivos como cigarros ou fogos de artifício próximo ao local atingido. Além disso, a orientação é que não tenham contato com o óleo, o que pode ocasionar principalmente irritação à pele. Segundo Albano Gonçalves, da Petrobras, um médico veio do Rio de Janeiro para tratar de eventuais casos de emergência.

 

Fonte: Jornal O ESTADO DO PARANÁ

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